O cuscuz paulista é um prato que marca presença nos restaurantes de todo estado, sempre com alguma variação regional presente, mas mantendo a base que o fez ficar tão icônico.
Por isso, agora você poderá ter cuscuz paulista na sua casa, seguindo esse passo a passo que traz a versão do prato com os sabores equilibrados para abrilhantar suas refeições.
Boa leitura.
Segredo do cuscuz fofinho
É difícil trazer o cuscuz paulista para pauta sem esbarrar nas polêmicas da comparação com a versão nordestina, mas no fundo é uma briga que não leva a lugar nenhum, pois ambos podem coexistir bem, afinal, cada ocasião pode se beneficiar das características de cada prato.
A versão nordestina, por exemplo, usa o flocão de milho, pois é preciso que a textura fique fofinha para servir recheado ou mesmo puro.
Já a nossa versão paulista é ideal que seja mais consistente, para que a estrutura comporte os variados recheios ali presentes, por isso usamos a farinha de milho. Porém isso não quer dizer que a massa não fique macia, pelo contrário, a ideia é que ela tenha um pouco de crocância, ao mesmo tempo que absorve bem o sabor dos ingredientes.
Receita de cuscuz
Esse é um preparo que leva bastantes ingredientes, porém a maioria são aqueles que sempre temos na geladeira, por isso esse é um bom prato para aproveitar os vegetais que estão parados e assim evitar desperdícios.
Ingredientes
- Cação 1/2 quilo
- Azeite 4 colheres (sopa)
- Cebola 1 unidade
- Alho 2 dentes
- Tomate 8 unidades
- Pimentão Amarelo 1 unidade
- Palmito 1 lata
- Farinha de milho amarela 400 gramas
- Ovo cozido 4 unidades
- Pimentão Verde 1 unidade
- Pimenta Dedo-de-Moça a gosto
- Sal 1 colher (café)
- Coentro a gosto
- Caldo de Peixe 1 tablete
Como fazer cuscuz
- Leve a panela ao fogo e, quando estiver aquecida, coloque 4 colheres (sopa) de azeite.
- Junte a cebola e o alho picado e refogue, até que a cebola esteja transparente.
- Junte o tomate (reserve 1 para decoração) e deixe se desmanchar até virar um molho. Se necessário, amasse com um garfo para ajudar no processo.
- Tempere com o caldo concentrado, a pimenta e o sal (prove antes, pois os concentrados costumam ter sal).
- Quando já tiver fervido por uns 5 minutos, junte os pimentões, o peixe em cubos e o palmito.
- Deixe cozinhar por 7-10 minutos, depois que voltar a abrir a fervura.
- Junte o coentro, mexa e despeje a farinha sobre o molho. Mexa.
- Quando mexer, verá que tomará o aspecto de um farofa, meio seco, nada parecido com o cuscuz.
- Coloque água aos poucos para dar o ponto que é de uma massa homogênea e pesada.
- Mexa a massa por alguns minutos, até que a farinha tenha gosto de cozida. Reserve.
- Pegue uma forma, unte com azeite e disponha rodelas de ovo cozido e rodelas de tomate.
- Coloque a massa na fôrma, distribuindo bem. Comprima a massa, conforme a estiver colocando, por camadas.
- Leve para gelar por pelo menos 2 horas e desenforme antes de servir.
O cuscuz é um prato versátil e seus ingredientes, de modo algum, podem ser considerados obrigatórios, você pode e deve usar o que tiver em casa. Seguindo esse mesmo preparo, isto é, preparando um molho e "cuscuzando" com farinha de milho, poderá prepará-lo até com legumes, como berinjela e abobrinha, e no lugar do camarão ou junto com ele, poderá usar a sardinha (se usá-la no cuscuz de camarão, utilize-a somente na decoração), atum em lata, peixe (cação por exemplo), lingüiça, carne moída, lombo de porco, enfim, vai da sua criatividade.
Se não tiver palmitos, não farão falta e a ervilha pode ser substituída por milho verde, o mais importante é que o molho esteja bem temperado, pois deve-se temperar também a farinha.
E se o cuscuz paulista não for o suficiente para sua sede de aprendizado culinário, também temos algumas variações para você experimentar:
Absorvendo ingredientes pelo caminho
Como vimos, a beleza do cuscuz paulista está na sua capacidade de aceitar os mais variados tipos de ingredientes, pois a farinha de milho se aproveita e absorve bem todos os sabores que nela são colocados.
E isso tem a ver com a história do prato, pois o que acontecia era que os tropeiros, que precisavam fazer longas viagens pelo país, colocavam os alimentos juntos para transportar, e notaram que quando acidentalmente caia caldo dessas comidas na farinha de milho, ela absorvia tudo e formava um virado.
Daí para frente foram experimentando mais combinações e viram que a farinha ia bem com praticamente tudo, e por isso resolveram batizar essa descoberta inusitada de cuscuz paulista. Em Minas Gerais, por exemplo, tem uma versão que leva queijo, torresmo e couve, o que deve ser delicioso também.
Agora é contigo, abra a geladeira que com certeza tudo que você precisa para um cuscuz paulista está aí, e como não tem regra, todo preparo é legítimo, por isso manda a ver e use a criatividade.